Precisa de Ajuda?

AL: trio invade sala e mata professor durante a aula


Homens armados invadiram a escola municipal Padre Anchieta, no povoado Lagoa Seca, na cidade de São Sebastião (122 km de Maceió), e mataram o professor João de Oliveira Mendes durante a aula na tarde desta terça-feira. Segundo testemunhas, três homens armados pularam o muro, perguntaram pelo professor e, ao chegarem próximo a ele, atiraram. Ele morreu na hora.
Os alunos haviam retornado do intervalo e estavam dentro da sala de aula. Houve desespero e correria na escola e os estudantes foram retirados às pressas. Os criminosos fugiram. A polícia investiga o motivo do assassinato e, conforme funcionários, a vítima não tinha envolvimento com crimes.[Fonte: Terra]

China: professora é demitida após levantar aluno pelas orelhas



A imagem mostra a professora Yan Yanhong, de 20 anos de idade, sorrindo enquanto 
puxa as orelhas do menino, que chorava
Foto: The Sun/Reprodução
Uma professora da pré-escola foi demitida na China após compartilhar em redes sociais fotos em que mostrava cenas dela levantando uma criança pelas orelhas. Os pais dos alunos, na província de Zhejiang, fizeram reclamações ao departamento de educação. A imagem mostra a professora Yan Yanhong, de 20 anos de idade, sorrindo enquanto
puxa as orelhas do menino, que chorava, na cidade de Wenling. As informações são do
The Sun.
A cena revoltante foi apenas uma das mais de 700 imagens que Yanhong postou, 
aparentemente tiradas por outro professor. Outras imagens mostram crianças com
suas bocas tapadas com fita adesiva e as mãos presas à mesa para fazer com que 
os alunos ficassem sentados.
A professora explicou, durante entrevista à mídia local, que ela e os alunos
"estavam apenas se divertindo". Funcionários que investigam o caso descobriram
que Yanhong não estava qualificada para o emprego - mas tinha sido contratada
devido a uma escassez de docentes no ensino. [Fonte: Terra]

Pais e docentes também são responsáveis por violência na escola


Alunos e funcionários da escola preencheram um cartaz com mensagens de apoio à pedagoga gaúcha Jane Antunes agredida por ter dado nota baixa a aluno - Foto: Demétrio Pereira/Redação Terra
Cada vez mais frequentes, as agressões de alunos a professores vem assustando os profissionais do ensino, em todos os níveis. Na semana passada, a pedagoga gaúcha Jane Antunes, 57 anos, acusou o aluno de um curso técnico em enfermagem de agredi-la por conta de uma nota baixa. A violência resultou em dois braços e seis dentes quebrados da professora, que deve deixar a sala de aula.
O especialista Hamilton Werneck, que tem diversas publicações sobre a autoestima do professor, diz que o acontecimento abre uma questão crucial, e que deve ser debatida: a avaliação psicológica que futuros profissionais deveriam receber. Para Werneck, os professores deveriam avaliar seus alunos em duas vertentes: a técnica e a emocional: "Esse menino obviamente não estava em seu estado normal, ele precisa de tratamento".
Autor de títulos como Professor: profissão perigo A indisciplina tem jeito: pulso forte e coração que ama, Werneck diz que a falta de respeito em sala de aula tem dois culpados: os próprios professores e a sociedade. "A sociedade não dá o devido valor ao educador, seja em questão de salário, seja por enxergar somente o lado comercial da profissão. Essa falta de valorização resulta que os professores embarcam no mesmo barco e começam já em casa a promover a autodesvalorização, orientando os filhos, por exemplo, a jamais se voltarem para a docência", afirma.
Para o especialista, a mudança é papel dos pais, das instituições de ensino e também dos professores. "Quando eu trabalhava como coordenador de uma escola, vi a mãe de uma aluna agredir verbalmente uma professora. Ou seja, o problema começa em casa. Os pais estão formando pequenos monstrinhos sem limites. Outro problema é a permissão que as instituições têm dado para o mau comportamento, tanto de pais quanto de alunos. No fato que citei, passei uma hora conversando com a responsável até ela entender a gravidade de sua atitude. O que se vê são escolas com medo de perder aluno, ou seja, renda, e que se tornam permissivas ao extremo", explica.
Entender a importância do educador para o desenvolvimento da sociedade é um papel que também cabe aos professores. "O professor precisa se orgulhar no que faz e se respeitar. Outra questão é investir na formação continuada, estando em constante atualização em questão de estudo e buscando sempre se tornar um melhor agente de mudanças, porque ser professor é isso", conclui Werneck. [Fonte: Terra]

SP: professora morre após discussão com aluno de 8 anos


A professora Izabel Cristina Sampaio morreu após ter um infarto na manhã de terça, dia 23/10/12, na Escola Estadual Professora Jandyra Nery Gatti, em Araraquara, a 250 km de São Paulo. De acordo com a Secretaria da Educação do Estado, a educadora tinha acabado de conter um aluno de 8 anos, que teria tentado agredi-la.
No instante em que Izabel informou o mal-estar, a administração da escola acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela morreu quando estava a caminho de uma unidade de pronto-atendimento.
Segundo a secretaria, a direção da unidade já havia acionado o Conselho Tutelar para acompanhar o caso desse estudante, que também estava sob acompanhamento médico por um serviço de saúde do município. Em nota, eles informaram que "é importante salientar que a equipe gestora nunca recebeu orientação médica contrária à permanência da criança em ambiente escolar." Em função do ocorrido, as aulas na unidade foram suspensas nesta quarta-feira e serão retomadas amanhã 24/10/12. [Fonte: Terra]

Professores sofrem com agressões de alunos em todo o Brasil


Manifestações. Discursos exaltados... Professores e alunos de Goioerê, noroeste do Paraná protestam contra a violência. O motivo foi uma confusão dentro da escola. A mãe de uma aluna foi reclamar da nota baixa da filha e acabou brigando com a professora.
" Eu jamais imaginaria um tipo de coisa dessas, ainda mais partindo de uma mãe, que a mãe tem que ser exemplo pros filhos, né”, conta a professora Cleuza Pires.
Maria Regina Krominski, mãe da aluna, diz que apenas revidou uma agressão:
"Eu dei um tapa sim no rosto dela; se eu pudesse, se eu soubesse que ia sair tudo isso até agora, eu teria dado muito mais”.

E mais uma vez o ensino virou caso de polícia.
"Escola é um lugar que a gente tem que ter aprendizagem, um lugar de paz; não de agressão de professor contra aluno ou de aluno contra professor...”, desabafa a aluna Natália Rodrigues.
Em Jacarezinho, também no Paraná, um outro caso de agressão completa dois anos, com "feridas" ainda abertas. As cenas gravadas por um estudante, com um celular, mostram a discussão entre uma aluna e o professor que havia pedido silêncio na sala. A aluna se levanta e atira a carteira no professor.
Na época, o professor Mauro Cleto da Silva registrou boletim de ocorrência: "A gente se sente desestruturado né... com uma mágoa", conta.
A aluna acusada de agressão foi obrigada a mudar de escola. O professor Mauro continua dando aula. Mas perturbado por aquele caso e pelo desrespeito que ainda diz enfrentar na sala de aula, ele perdeu o ânimo.
" Se eu pudesse parar hoje de dar aula, eu pararia..", diz o professor.
Com pequenas mudanças de roteiro, o problema se repete nas escolas Brasil afora.
 "Uma alta frequência de professores com propensão ao abandono ou desistência da carreira, ou principalmente insatisfação; nós usamos a expressão que nós vivemos "mal estar docente", relata o psicólogo Clóves Amorim. [Fonte: Jornal Hoje]

Professor suspeito de agressão


Adolescente conta ter sido agarrado pelo pescoço durante aula em escola estadual


Na mesma quarta-feira 03/10/12 em que uma aluna foi agredida por uma colega de classe e a mãe dela, em frente à escola municipal de Joinville onde estudam, um menino de 13 anos conta ter passado por situação parecida dentro de uma unidade estadual na zona Leste. Com dois agravantes: desta vez, a agressão teria ocorrido dentro de sala de aula e partido do próprio professor.

O pai do adolescente registrou a ocorrência na Delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Adolescente de Joinville, conforme orientação da escola. O menino contou que a violência resultou de uma situação que já o vinha incomodando antes. Ele disse que era constantemente provocado por colegas e até pelo professor, que o chamavam de um apelido que não o agrada.

Na quarta 03/10/12, durante a aula de geografia, o garoto teria discutido com um colega. A repreensão do professor teria sido acompanhada de um chute na carteira do rapaz. O adolescente reconhece que não deixou barato e respondeu ao docente, que teria se descontrolado e o agarrado com força no pescoço e depois nos braços.

O garoto ainda tinha ontem marcas avermelhadas no pescoço, resultantes da agressão. O professor, contratado por regime temporário desde 2010, pediu afastamento por meio de atestado médico, segundo informou a Secretaria de Estado da Educação.

“Nada justifica o que ele (o professor) fez. Antes de bater no meu filho, deveria ter me chamado na escola”, desabafou ontem o pai do rapaz. Depois do constrangimento sofrido em frente aos colegas de sala, o adolescente decidiu que não quer mais voltar para a escola. Os pais planejam transferi-lo de colégio. [Fonte: Jornal AN]


CONTRAPONTO
Procurada por “AN”, a assessoria de direção da escola da zona Leste de Joinville se limitou a dizer que os “procedimentos necessários” haviam sido tomados após o caso. Por enquanto, o professor está afastado do cargo para responder ao processo administrativo foi aberto para investigar a agressão. A coordenadora do núcleo de prevenção e atendimento a violências na escola, da Educação estadual, Rosimari Kock Martins, informou que o próprio professor apresentou um atestado de afastamento de 90 dias assinado por um psiquiatra. A coordenadora afirmou ainda que o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso.

Alunos põem fogo em sala de aula com colegas dentro


Alunos do período noturno da Escola Estadual Dulce Esmeralda Basile Ferreira, localizada no Parque São Bento, zona norte de Sorocaba (SP), atearam fogo em uma sala de aula na última quinta, dia 27, e fecharam a porta para impedir a saída dos colegas.
As chamas danificaram várias carteiras, estragaram a pintura da parede e estouraram os vidros da janela. O vandalismo teria sido uma brincadeira, mas a fumaça deixou estudantes com olhos e gargantas irritados. Uma aluna fez fotos do vandalismo e enviou as imagens a uma emissora de televisão.
A Secretaria de Estado da Educação informou em nota que a direção da escola deu início à apuração do ocorrido e, tão logo os autores do vandalismo sejam identificados, serão adotadas medidas disciplinares.
De acordo com a Secretaria, a equipe gestora da unidade providenciou a reposição das carteiras danificadas e dos vidros, além da pintura do local. Na segunda-feira, uma reunião do Conselho da Escola, que tem representantes da direção, dos professores e dos pais, vai se reunir para examinar o caso. É o quarto caso de vandalismo ocorrido este ano na mesma escola. [Fonte: Terra]

Por nota baixa, aluno e professor trocam agressões em aula


Um aluno de 17 anos e um professor trocaram agressões na noite de quinta, dia 20, na Escola Estadual Santos Dumont, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, o motivo da briga teria sido a baixa nota tirada pelo estudante em uma prova de física.
Segundo a PM, o educador relata que entregava a prova para os alunos quando um jovem questionou a nota recebida. O professor, então, propôs que corrigissem juntos as questões, mas o aluno, irritado, não aceitou e se levantou para deixar a sala de aula. O docente foi atrás para tentar resgatar a prova, mas acabou levando um soco do estudante. Ainda segundo o professor, o jovem afirmou que conhecia mais da matéria, pois faz um curso técnico e estuda o assunto.
Já na versão contada pelo estudante, o professor usou de força para recuperar a prova. Ele disse ainda que o docente queria corrigir a prova com a turma inteira e teria gritado. No momento da confusão, o jovem afirma que também foi agredido com um soco. A briga foi encerrada com os dois sendo separados pelos colegas de turma.
Ambos foram encaminhados para o pronto-atendimento de Venda Nova com escoriações leves. Agora, eles ficam à disposição da Justiça para mais esclarecimentos. [Fonte: Terra]

MEC anuncia parceria para combater violência nas escolas


Para enfrentar a violência nas escolas brasileiras, o Ministério da Educação (MEC) assinou nesta quinta-feira uma parceria com o Conselho Federal de Psicologia. A parceria prevê um estudo sobre violência nas escolas, elaboração de materiais didáticos e formação de professores para o combate à violência no ambiente escolar.
De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, oito universidades também vão colaborar com o projeto. Entre os temas que serão trabalhados dentro das escolas estão enfrentamento às drogas, gravidez precoce, homofobia, racismo, discriminação, bullying e bullying eletrônico (feito por meio das redes sociais).
''Temos estimado em torno de 8 mil jovens, meninos e meninas, que voltam para casa com todo tipo de constrangimento e que muitas vezes são vítimas de bullying na escola. Precisamos tratar esses temas com responsabilidade e cuidado, mas enfrentá-los no sentido de respeito à diversidade, ao outro, a valores como os direitos humanos. Os professores e alunos também precisam aprender a solução dos conflitos por meio de diálogo'', disse o ministro.
Segundo Mercadante, o trabalho de campo será feito em todo o país. ''Vamos trabalhar em todas as regiões do país, nos vários níveis do processo educacional - com pais, alunos e professores - e elaborar materiais pedagógicos, programas de prevenção e subsídios para aprimorar a prática pedagógica e criar uma escola mais atrativa, feliz, respeitosa e pacífica'', disse.
O projeto, de acordo com o ministro, terá início em breve. ''Em duas semanas estaremos iniciando o processo de trabalho, mas eu diria que o desenvolvimento pleno desse trabalho é para 2013''.
A expectativa do ministro é que, com esse projeto, os ''professores tenham mais subsídios e melhores condições para lidar com esses desafios''. Os novos materiais didáticos, voltados para o combate da violência nas escolas, estará disponível logo após a pesquisa de campo ser finalizada. Também será desenvolvido um trabalho de formação de professores para trabalhar com esses temas nas escolas.
Para Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e conselheiro do Conselho Nacional LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), a parceria é positiva.
''Vejo com bons olhos a ampliação dessa parceria. É fundamental não só para a questão da homofobia como também para a que envolve drogas, bullying etc. É fundamental que a escola seja um lugar seguro para que as pessoas possam estudar, não sejam discriminadas e não sofram a violência que muitas vezes faz parte do cotidiano escolar'', falou.
Segundo Reis, a escola é um dos ambientes mais importante para que esse trabalho seja desenvolvido. ''A escola é um momento em que as pessoas convivem e as pessoas têm que aprender a respeitar o outro e esse outro pode ser evangélico, católico, ateu, de uma religião africana, judeu ou indígena, mas as pessoas têm que aprender a respeitar o ser humano como um todo'', disse.
Durante a 2ª Mostra Nacional de Práticas de Psicologia, que ocorre até o dia 22 no Anhembi, em São Paulo, o presidente do conselho, Humberto Verona, anunciou também uma parceria entre o órgão e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para ajudar na criação de comitês de combate à homofobia em todos os Estados brasileiros. [Fonte: Terra]

alunos incendeiam carteiras dentro de escola em SP

Alunos da Escola Estadual Professor Joaquim Luiz de Brito incendiaram, no último dia 4, carteiras e a cortina de uma das salas de aula do prédio, que fica na região da Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo.
As cenas de vandalismo gravadas pelo estudante André Ramos, do 2º ano do ensino médio, mostram carteiras pegando fogo, e a tentativa de professores e alunos de apagar o incêndio com a ajuda de um balde. No vídeo, é possível ouvir também o barulho das mesas sendo arrastadas e de pessoas preocupadas com as chamas.
Segundo André, as aulas do período noturno começaram às 19h, e deveriam ir até as 23h. Por volta das 21h15, no entanto, alguns alunos não identificados teriam colocado fogo nas carteiras, fazendo com que todos os estudantes fossem dispensados das aulas. De acordo com André, episódios de vandalismo envolvendo bombas caseiras, salas pichadas, carteiras quebradas, destruição de livros e outros bens comuns da escola já foram registrados no colégio.
O internauta Rafael Rocha, que estudou no mesmo colégio entre a 5ª série e o 3º ano do ensino médio, em 2010, confirma que atos de vandalismo como esses são comuns na escola. "Eu fazia parte do Grêmio estudantil, e nós sempre brigávamos por uma posição da diretoria, mas ela nunca puniu os responsáveis apesar de saber quem eles são. Os alunos fazem esse tipo de coisa para serem dispensados mais cedo", afirma.
Procurada pelo Terra, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que a direção da escola iniciou a averiguação do caso imediatamente após sua ocorrência, e que o vídeo gravado pelo aluno irá ajudar na apuração.
A Secretaria classificou o episódio como um "lastimável ato de vandalismo", e afirmou que seus autores serão identificados, e estão sujeitos a medidas disciplinares. A Secretaria não confirmou, no entanto, se há registro de outros episódios como os relatados por André e Rafael.
A diretoria registrou boletim de ocorrência e providenciou a reposição das carteiras e cortinas danificadas, além da pintura do local. "A direção da escola tem intensificado junto aos estudantes projetos de conscientização sobre a importância da preservação do patrimônio público e das boas práticas de cidadania", diz nota divulgada pela Secretaria.[Fonte: Terra]

Estudo mostra como jovens infratores avaliam a escola


Apesar de o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegurar o direito ao acesso amplo e irrestrito à educação por todos os jovens, incluindo os em conflito com a lei, as escolas públicas brasileiras têm dificuldade em incluir e integrar os adolescentes que cometeram atos infracionais, possibilitando que eles permaneçam na instituição.
Um estudo realizado por Aline Fávaro Dias no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) identificou alguns dos fatores que facilitam ou dificultam a permanência na escola de jovens infratores. O trabalho ganhou o Prêmio Crefal de Melhores Teses sobre Educação de Pessoas Jovens e Adultas, edição 2011, concedido pelo Centro de Cooperação Regional para a Educação de Adultos na América Latina e no Caribe (Crefal) - um organismo internacional de cooperação na área de educação, apoiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O estudo também resultou em um capítulo de um livro organizado por Dias e publicado no fim de maio. No estudo, Dias, que é graduada em psicologia, realizou entrevistas e acompanhou seis adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em regime de liberdade assistida pelo Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto de São Carlos, com o intuito de compreender o significado que eles atribuem às suas vivências escolares.
Dias constatou que, em geral, os adolescentes - que apresentam baixa escolaridade e histórico de repetência, expulsão e evasão escolar - veem a escola de uma forma ambígua. De um lado, apesar de a escola ser avaliada por eles como um espaço onde são estigmatizados, excluídos e rotulados, por outro lado, a instituição também é vista por esses jovens como um ambiente de socialização, onde podem fazer amizades, paquerar e namorar. Já o conteúdo escolar é considerado como desinteressante e algo secundário.
"Eles invertem a função da escola. O aprendizado, que é considerado primordial para a escola, carece de sentido para eles por não conseguirem ver uma aplicação prática no dia a dia do conteúdo que aprendem, e a sociabilidade passa a ser o aspecto mais importante", disse Dias.
Segundo a psicóloga, além da falta de vínculo do conteúdo escolar com a realidade, outros fatores que contribuem para essa percepção invertida dos jovens infratores sobre a escola são o próprio envolvimento desses adolescentes em atos infracionais, que faz com que se distanciem da instituição, além da baixa escolaridade dos pais e a dificuldade da instituição escolar em lidar com eles. "De modo geral, as instituições de ensino possuem pouca informação sobre o ECA e sobre quais são as medidas socioeducativas previstas para um jovem que cometeu um ato infracional", disse.
Em função dessa carência de informação, as escolas tendem a excluir e a rotular esses jovens - que podem possuir maior dificuldade de aprendizagem e de relacionamento com os colegas - como perigosos ou a responsabilizá-los por tudo o que acontece de ruim na instituição, como atos de vandalismo.
"A escola acaba vendo esses jovens como problemáticos e que talvez se não estivessem ali seria melhor. É muito comum a prática de expulsão e transferência compulsória desses adolescentes, passando o problema de uma escola para a outra e não resolvendo, de fato, a situação deles", disse Dias.
Segundo ela, a maioria dos jovens em conflito com a lei tem dificuldade de encontrar vagas nas escolas, fazendo com que desistam de estudar ainda no ensino fundamental. "Eles reconhecem que a escola e o estudo são importantes, mas mesmo reconhecendo isso não conseguem permanecer na instituição", afirmou.[Fonte: Terra] Com informações da Agência Fapesp

Rio: escola reabre com vigias após aluno ameaçar chamar bandidos


Após permanecer fechada durante a tarde de terça-feira, a Escola Municipal Barão de Macaúbas, no Rio de Janeiro, foi reaberta hoje com a segurança reforçada por vigias da Guarda Municipal. Na manhã de ontem, um aluno de 14 anos ameaçou chamar bandidos para agredir a diretora e os professores da instituição.
A Secretaria Municipal da Educação informou que uma sindicância foi aberta para apurar o caso e que todas as medidas cabíveis serão tomadas. De acordo com o órgão, o estudante teria se recusado a ir para a sala de leitura e começado a fazer ameaças. "Os pais foram chamados na unidade e a Guarda Municipal foi acionada. O aluno, na presença dos pais, pulou o muro da escola e desacatou os agentes", disse a secretaria.
De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), que acompanha o caso, o aluno estava afastado da escola há pelo menos dois anos e havia retornado às aulas do ensino fundamental na terça-feira. A diretora do sindicato, Edna Felix, disse que foi solicitada a transferência do estudante para outra escola e acompanhamento psicológico para que o fato não volte a se repetir.[Fonte: Terra]

MG: expulso da sala, aluno ameaça professora com faca e é preso

Um adolescente de 17 anos foi apreendido, na última quinta-feira, suspeito de tentar matar a facadas uma professora dentro da escola Municipal Padre Antônio de Carvalho, no distrito de Claudio Manoel, na cidade de Mariana, região central de Minas Gerais. Segundo a Polícia Militar, o jovem justificou a agressão porque sentia raiva da professora.
De acordo com o capitão Laérte Jorge Matos, o fato aconteceu porque a professora teria pedido para que ele ficasse calado durante uma aula. "Ele entrou na sala falando alto e a professora pediu para baixar o tom de voz. Ele desobedeceu e ela o expulsou da sala", diz. Segundo o capitão, o adolescente foi até a sua casa e pegou uma faca de cozinha, com aproximadamente 18 cm de lâmina, e voltou à escola. "Mas a pedagoga da colégio viu o menino entrando com o objeto, conseguiu detê-lo e o levou para casa para que ele ficasse sobre a guarda do pai", completou.
Contudo, ao saber que a professora havia entrado em contato com o pai para falar da ameaça feita por ele, o jovem retornou à escola novamente armado. De acordo com a PM, a professora, ao perceber a presença do adolescente, se trancou na sala da diretoria. Mas o rapaz, muito irritado, desferiu vários golpes de faca na porta e conseguiu abrí-la. "O garoto então pegou a professora pelo braço e disse 'eu posso te matar, você está vendo que eu posso te matar'", contou o capitão. Funcionários do colégio conseguiram detê-lo, mas o adolescente fugiu para um matagal, onde pouco tempo depois, foi encontrado pela polícia.
O jovem foi encaminhado para a delegacia da cidade, onde prestou depoimento e foi liberado. A faca foi apreendida pelo políca e a professora não ficou ferida.[Fonte: Terra]

TJ condena colégio por professora arremessar tamanco em aluna


O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira que condenou o colégio e curso Intellectus, da capital fluminense, a indenizar por danos morais uma aluna do ensino fundamental em R$ 5 mil depois de uma professora da escola arremessar um tamanco em sua direção. Para os desembargadores, o comportamento da educadora foi "incompatível com o ofício de ensinar".
"Parece-me que tal método de ensino é altamente questionável em se tratando de crianças entre 10 e 11 anos de idade, pois o resultado será uma verdadeira algazarra, uma extensão do recreio, sem qualquer proveito educacional. Ou então, em caso de crianças introvertidas, terá o efeito inverso, de desestimular a participação em sala de aula", disse o desembargador Luciano Rinaldi na decisão.
Em sua defesa, o colégio disse que a professora, que teve seu contrato reincidido após o incidente, apenas tentava por ordem na turma, sem a intenção de agredir ou constranger qualquer aluno, "tendo apenas proposto uma brincadeira".
O magistrado também falou na decisão sobre a importância dos educadores e das dificuldades impostas aos profissionais da área atualmente, mas ressaltou que "o bom professor é aquele que obtém a atenção dos alunos, transformando as aulas numa experiência educacional prazerosa". A educadora teve seu contrato de trabalho rescindido pelo colégio após o incidente. [Fonte: Terra]

MA: Assembleia ouvirá menores acusadas de agressão em escola


A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão vai reunir na próxima quinta-feira pessoas da comunidade envolvida na prática de agressão por um grupo de meninas em uma escola pública em São Luís (MA). As garotas passavam por uma espécie de "rito de iniciação" de tapas no rosto para entrada em um grupo composto por adolescentes. As primeiras jovens serão ouvidas a partir desta segunda, em caráter sigiloso pelos deputados.
A agressão mútua acontecia entre garotas de 13 a 16 anos, submetidas a sessões de tapas em uma praça nas proximidades da escola em que estudam. As mais antigas atacavam as iniciantes com golpes fortes para provar que estariam aptas a fazer parte da turma.
A denúncia, que chegou aos membros da Comissão dos parlamentares, é de que o grupo seria preparado por adultos, a fim de recrutar menores para a participação em gangues de um dos bairros mais movimentados da cidade.
"Soubemos que há participação de adultos e que eles estariam por detrás de toda a organização de gangues, ou bandos. A ideia deles era levar os menores à prática de delitos," informou a deputada Eliziane Gama (PPS-MA), membro da Comissão. Para o promotor da vara da Infância e do Adolescente, Márcio Thadeu Marques, há fortes indícios da participação de adultos no caso.
A Comissão de Direitos Humanos ouvirá na próxima quinta as famílias das menores, alunos da escola em que elas estudavam e moradores e comerciantes do entorno da praça em que as agressões aconteciam para obter mais informações. Depois de ouvidos, o assunto será encaminhado para a Secretaria de Assistência Social do estado. "Não temos prerrogativa para tomar providências além dessas," avaliou a deputada.
O presidente da Comissão, Bira do Pindaré (PT), adianta que as audiências na Assembleia Legislativa serão apenas de instrução, sem caráter punitivo. "Vamos conversar com as pessoas envolvidas no caso para entender o que levou as adolescentes a tais práticas e tentar evitar que situações como essa voltem a acontecer." Ele diz ainda que os depoimentos servirão de base para as investigações iniciadas em outros órgãos.
O caso já chegou ao conhecimento do Ministério Público e da Polícia Militar, que desde a semana passada deram início às verificações sobre o envolvimento de adultos na agressão das menores.[Fonte: Terra]

Polícia apura omissão de professores em agressão a aluno gay


A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Santo Ângelo, na região noroeste do Rio Grande do Sul, investiga o caso de um estudante de 15 anos que foi agredido por um colega de aula supostamente por ser gay. De acordo com a delegada Elaine Maria da Silva, serão ouvidos nos próximos dias os professores que teriam presenciado a agressão.
Segundo relato do jovem, um colega o atingiu com socos e pontapés na saída do colégio, no dia 13 de março. Há apenas um mês na Escola Estadual Onofre Pires, ele disse que desde o início das aulas sofria ofensas verbais da turma e inclusive de professores. A delegada afirmou que o estudante confirmou que alguns educadores teriam presenciado às ameaçadas e não teriam feito nada para impedir. "Vamos ouvir os educadores e o menino agressor também. Em 30 dias devemos concluir o procedimento e encaminhar ao Ministério Público". Ela disse ainda que o agressor, que também tem 15 anos, pode ser punido com medidas socioeducativas.
O caso do estudante tomou repercussão na internet após o estudante agredido ter encaminhado um e-mail à Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) contando o drama. "Eu tenho medo que aconteça alguma coisa comigo, eu queria que alguém me ajudasse! Antes que eu virasse mais nas estatísticas de LGBT mortos, às vezes eu sinto que ninguém gosta de mim e que a única solução pra mim é me matar", escreveu no e-mail.
Após registrar o boletim de ocorrência, os pais do estudante decidiram transferi-lo para uma escola particular da cidade. O coordenador estadual do Comitê de Combate à Violência nas Escolas da Secretaria de Educação, Alejandro Jelvez, se reuniu com a equipe diretiva da escola Onofre Pires e ficou definido que os professores envolvidos com o caso serão ouvidos para apurar se foram negligentes com o caso. Ele disse ainda que a Secretaria de Educação vai promover palestras para os professores da escola sobre como lidar com a violência e sobre a homofobia. Jelves garantiu que o estudante agredido, assim como o agressor, receberão acompanhamento psicológico.
ABGLT faz campanha para incentivar alunos a denunciar homofobia
A ABGLT está divulgando uma campanha para incentivar os estudantes vítimas de homofobia nas escolas a denunciar as agressões. "Se você é um estudante LGBT e foi vítima de bullying homofóbico ou qualquer outro tipo de agressão física ou simbólica na escola, denuncie", diz o cartaz da campanha.

A entidade recomenda os estudantes que registrem um boletim de ocorrência em caso de agressão, liguem gratuitamente para o Disque 100, e ainda enviem a denúncia para presidencia@abglt.org.br, para que possa acompanhar os casos. Segundo a ABGLT, a campanha é motivada pelo aumento do número de casos de alunos vítimas de homofobia no ambiente escolar.[Fonte: Terra]